Preço do leite pago ao produtor cai pelo 3° mês consecutivo, com importação em alta, consumo enfraquecido e custos de produção em queda

Publicado em 05/09/2023 10:50 e atualizado em 05/09/2023 11:25
Natália Grigol - Pesquisadora do Cepea
Instabilidade e incertezas no setor fazem com que o produtor não tenha perspectivas de fazer investimentos, dificultando uma saída desta situação, aponta especialista
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Preço do leite pago ao produtor cai pelo 3° mês consecutivo, com importação em alta, consumo enfraquecido e custos de produção em queda

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Pelo terceiro mês consecutivo o preço do leite pago ao produtor teve queda, segundo a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Natália Grigol. Esta baixa está ligada, de acordo com ela, às importações aquecidas, demanda interna enfraquecida e queda nos custos de produção. 

O pagamento realizado neste último mês de agosto, referente à captação do produto em julho, segundo a “Média Brasil” líquida, teve valor médio de R$ 2,42 por litro. Isso significa recuo de 5,69% em relação ao pagamento anterior, e baixa de 35% no comparativo com a mesma época no ano passado.

A especialista lembra que em 2022, houve uma queda na captação de leite no país na ordem de 5%, o que culminou em altas expressivas vistas em meados do ano passado. 

Esta situação atípica explicada por Natália, de um início de ano com uma safra de leite com baixa captação e preços ao produtor subindo, e agora, uma entressafra com queda nos valores, reflete este cenário visto em 2022. Isso porque, com a diminuição na captação, o movimento de importação de leite veio em uma crescente, e a demanda interna não se recuperou.

“É uma situação em que fica difícil que o produtor veja uma perspectiva de investimento para melhorar a captação no Brasil, já que o setor está tendo movimentos incertos e imprevisíveis. Há a necessidade de implantação de medidas estruturais, que devem passar desde o setor produtivo até o consumidor para que o mercado de leite brasileiro possa ser mais competitivo”, afirmou. 
 

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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